Autarquia falha candidatura e perde financiamento europeu para requalificação da Escola Secundária Du Bocage

A Câmara Municipal de Setúbal não reconhece falha e culpa o antigo governo e a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) por não apresentar a candidatura para requalificação da Escola Secundária Du Bocage, antigo Liceu. Carla Guerreiro, Vice-Presidente da CMS garante que o atraso teve os seus motivos, mas não deixou claro quais foram, assume que não foi apresentada nenhuma candidatura porque ainda está em fase de elaboração do projeto.

A autarca detalhou que os arquitetos municipais realizaram o levantamento completo do edifício existente. Após apresentar um estudo prévio e o programa de requalificação à DGEstE, recebeu aprovação para avançar. Agora, estão em processo de preparação do caderno de encargos para que uma equipa externa elabore os projetos de execução.

Ela assegura que, uma vez concluídos, será possível candidatar-se ao financiamento disponível. Além disso, a vice-presidente esclareceu que a DGEstE indicou que reparações ou requalificações de grande valor poderiam tornar a escola inelegível para futuros programas de requalificação, resultando na atual priorização de manutenção e conservação do edifício.

O presidente da autarquia, André Martis, revela que os custos das obras do antigo liceu rondam os 15 milhões de euros e isenta a cms de qualquer responsabilidade ao garantir que a responsabilidade é do governo que estava na altura e da DGEstE.

Classificada como muito urgente e com necessidade imediata de obras, a Escola Secundária Du Bocage, segue sem qualquer perspectiva de quando este problema será solucionado, o que gera preocupação entre os pais e alunos, pois para estes a autarquia falhou e perdeu os prazos para apresentação dos projetos.

Para além disso, A Associação de Pais expressa forte insatisfação com a frequência da equipa de manutenção da câmara, que precisa desentupir os esgotos da mesma casa de banho várias vezes na mesma semana, devido a raízes e obstruções. Durante uma reunião com a autarca, os pais manifestaram desagrado com o estado atual de algumas situações, levando a vereadora a comprometer-se a elaborar um plano de mitigação.

O presidente da associação relata problemas como o quadro elétrico sobrecarregado e mofo nas paredes, ressaltando a demora na aprovação de uma grande obra. Embora reconheça a prioridade da escola, a associação está determinada a pressionar pela resolução dos problemas, mesmo sem um projeto de estudo prévio da câmara.

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