O presidente da Câmara Municipal
de Sesimbra, Francisco Jesus, participou recentemente num protesto organizado
pelos moradores da Lagoa de Albufeira. O evento teve como objetivo exigir a
reabertura da lagoa ao mar e o desassoreamento da mesma, uma situação crítica
que tem sido motivo de crescente preocupação entre a comunidade local. Durante
o protesto, Francisco Jesus esclareceu que a gestão da lagoa é da responsabilidade
da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), e que a autarquia não tem poder para
intervir sem autorização prévia. Contudo, assegurou que a câmara está a
acompanhar de perto a situação e a pressionar a APA e outras entidades
competentes para encontrar uma solução definitiva.
O debate agora centra-se na
necessidade de uma intervenção permanente, em vez de ações temporárias, para
garantir o desassoreamento e a recuperação integral da Lagoa de Albufeira. A
APA já desenvolveu um projeto que inclui todos os pareceres técnicos e ambientais
necessários. No entanto, a complexidade da obra pode exigir vários meses de
trabalho e um investimento significativo. A expectativa é que a intervenção
comece ainda em 2024, para evitar impactos negativos na época balnear de 2025.
Além das preocupações ambientais,
a lagoa é um ponto de grande interesse turístico, atraindo visitantes que
procuram atividades como natação, pesca e observação de aves. A sua conservação
é, portanto, essencial não apenas para preservar o ecossistema local, mas
também para manter a atratividade da região para o turismo. A união dos
cidadãos, da autarquia e das restantes entidades locais é essencial para
promover esta reivindicação. A Lagoa de Albufeira é um local de grande valor
ambiental e turístico, não só para a região de Sesimbra, mas para todo o país.
É imperativo que a situação seja tratada com a urgência e a prioridade
necessárias, garantindo a implementação de medidas concretas para resolver este
problema ambiental de longa data.
Foto: CM de Sesimbra