Luso-Angolana, esposa, empresária e mãe, Ossanda traz consigo uma determinação inabalável e claros objetivos políticos. Como Presidente do Nova Direita, cujo registro foi aprovado pelo Tribunal Constitucional no passado janeiro, ela almeja conduzir o partido à vitória nas eleições europeias de 9 de junho. Sua liderança inspiradora e comprometimento com os ideais políticos são evidentes, e ela está determinada a alcançar o sucesso neste segundo ato eleitoral.
Defende a soberania dos países membros da União Europeia: há uma ilusão da soberania de Portugal, e tudo o que ocorre em Bruxelas tem sido imposto a Portugal, impedindo-o de ter autonomia para defender as suas convicções. Esta situação aproxima-se de uma autocracia de Bruxelas. Existe uma tentativa de criação de um imposto europeu, à qual Ossanda é totalmente contrária. Também há uma tentativa de federalizar a Europa.
Quanto à imigração, Ossanda compreende a ideia de facilitar a legalização de imigrantes provenientes de países de língua portuguesa. No entanto, vê vários erros na forma como o visto da CPLP foi instituído e defende que este processo seja mais claro e esclarecido. Ela conecta isso com questionamentos vindos de Bruxelas sobre este mesmo visto para países de língua portuguesa e não aceita que Bruxelas questione Portugal e a sua soberania para decidir o que é melhor para o seu povo. Ossanda acredita que este tipo de visto precisa ser revisto para dissipar a desconfiança social gerada, mas não pretende abandoná-lo e teme que Bruxelas sancione Portugal para que seja excluído definitivamente, o que considera um ataque direto à soberania do país.
Quanto à guerra entre Rússia e Ucrânia, Ossanda entende que está sendo muito mal gerida e que a UE deveria manter um recuo suficiente para gerir esta situação de forma inteligente, garantindo a paz no continente e minimizando os danos sofridos pela Ucrânia. Considera um erro o corte de relações com a Rússia, já que tanto Portugal como toda a UE dependem dela. Ossanda reconhece a posição de Portugal em relação à soberania da Ucrânia, mas destaca a necessidade de agir com sangue frio para resolver este impasse.
Defensora da liberdade de expressão, mas opõe-se firmemente a qualquer forma de anarquia e movimentos extremistas que causam desordem, desequilíbrio social e a separação. É crucial a intervenção das forças de segurança pública e da justiça neste momento. No entanto, o problema principal, na sua perspetiva, é a fragilidade do estado, que se revela falho nesse sentido.
Por fim, Ossanda destaca os principais pontos do programa eleitoral do partido Nova Direita às eleições europeias. São eles:
1. Oposição à federalização da União Europeia e aos Impostos Europeus, defendendo a soberania das nações e rejeitando qualquer harmonização fiscal.
2. Defesa das fronteiras europeias, combatendo o tráfico ilegal e rejeitando o Pacto Europeu de Migração e Asilo.
3. Manutenção do Direito de Veto dos Estados membros sobre questões de política externa, em oposição à proposta de retirada desse direito por parte de Bruxelas.
4. Exigência de reforma do Pacto Agrícola Comum para beneficiar proporcionalmente os pequenos agricultores e garantir a soberania alimentar.