O crescente sentimento de insegurança na baixa de Setúbal tem gerado uma discussão sobre a adoção de medidas mais eficazes para combater este problema. Os vereadores eleitos pelo Partido Socialista (PS) sugerem que a instalação de sistemas de videovigilância em áreas estratégicas da cidade pode ser uma solução viável, com potencial para prevenir crimes e melhorar a rapidez e eficácia na resolução de incidentes.
A proposta de videovigilância
A videovigilância é apresentada como uma ferramenta útil para monitorar tanto a vida noturna como a diurna, abrangendo zonas de grande circulação na baixa de Setúbal. De acordo com o vereador Fernando José, esta medida já foi implementada com sucesso em vários municípios portugueses, como Faro, Olhão, Porto, Ourém e Santarém, onde houve uma redução dos crimes nas áreas cobertas pelas câmaras. O PS acredita que a sua aplicação em Setúbal pode trazer benefícios similares.
Experiência internacional: Exemplos de sucesso
A implementação de sistemas de videovigilância não é uma estratégia nova. Em várias cidades ao redor do mundo, ela tem sido utilizada para aumentar a segurança pública e dissuadir a criminalidade.
Um exemplo notável é o de Londres, no Reino Unido, que possui um dos maiores sistemas de câmaras de segurança do mundo. O programa de videovigilância na capital britânica ajudou a reduzir os índices de crimes nas áreas mais monitoradas, especialmente em relação a roubos e crimes violentos. A eficácia dessas câmaras foi comprovada pela maior rapidez na resposta das autoridades a incidentes e pela sua capacidade de fornecer provas visuais que auxiliam na resolução de crimes.
Outro exemplo é a cidade de Chicago, nos Estados Unidos, onde a videovigilância foi amplamente utilizada em zonas com altos índices de criminalidade. Estudos revelam que a taxa de crimes violentos diminuiu consideravelmente nas áreas monitoradas. Além disso, a presença das câmaras também aumentou a sensação de segurança entre os moradores e comerciantes locais.
A aplicação em Portugal: Faro e Porto como referências
Em Portugal, algumas cidades já experimentaram o uso de videovigilância, com resultados positivos. Em Faro, a instalação de câmaras em áreas sensíveis, como zonas turísticas e comerciais, contribuiu para uma diminuição de pequenos delitos e assaltos. Da mesma forma, no Porto, a presença de videovigilância em locais públicos e movimentados tem ajudado as autoridades a combater a criminalidade, facilitando a identificação de suspeitos e a prevenção de atos criminosos.
Benefícios e precauções
Os defensores desta proposta em Setúbal argumentam que a videovigilância pode ser um meio de segurança acrescido, ajudando tanto na prevenção de crimes como na sua rápida resolução. Além disso, a vigilância pode auxiliar na gestão do tráfego e na monitorização de comportamentos perigosos nas vias públicas, contribuindo para a segurança rodoviária.
Contudo, é importante reconhecer que a videovigilância não é uma solução mágica. Embora seja eficaz em muitos contextos, ela deve ser complementada por outras estratégias de segurança, como o reforço da presença policial e programas comunitários de prevenção. Também há questões legais e éticas a serem consideradas, como o direito à privacidade e a necessidade de garantir que as câmaras sejam usadas de forma transparente e dentro dos limites da lei.
Foto: CMS | PS