A educação em Setúbal está prestes a viver um momento histórico. Amanhã, dia 25 de fevereiro, às 9h00, docentes e não docentes de todo o concelho vão concentrar-se em frente à Câmara Municipal, na emblemática Praça de Bocage, para exigir melhores condições de trabalho e uma educação de qualidade.
O protesto, decidido em plenário, reflete a crescente insatisfação dos profissionais do setor, que denunciam a degradação das condições laborais e a falta de investimento adequado na educação. Entre as principais reivindicações estão o aumento salarial, a contratação de mais profissionais, o acesso universal à Caixa Geral de Aposentações (CGA), um modelo de gestão escolar mais democrático e o fim da municipalização da educação, que, segundo os manifestantes, tem prejudicado a autonomia das escolas.
Com esta manifestação, espera-se uma paralisação significativa das atividades escolares, com o encerramento de várias instituições de ensino. A mobilização tem ganhado força entre professores e auxiliares, que alertam para o impacto direto que as más condições de trabalho têm na qualidade da educação oferecida aos alunos.
“Não estamos apenas a lutar por melhores salários. Estamos a defender um ensino de qualidade para as próximas gerações. Sem condições dignas para os profissionais, não há uma educação forte e eficiente”, afirmou um dos organizadores do protesto.
A sociedade civil e os encarregados de educação são chamados a apoiar esta causa, pois a valorização dos profissionais da educação é essencial para um país que quer apostar no futuro. O protesto de amanhã promete ser um dos maiores do setor este ano e poderá ser determinante para pressionar as autoridades a ouvir as reivindicações daqueles que garantem o funcionamento das escolas e a formação das novas gerações.