Com um investimento superior a 2,1 milhões de euros, a futura Unidade de Saúde de Quinta do Anjo começou oficialmente a ganhar forma no dia 22 de abril, com o lançamento simbólico da primeira pedra. A cerimónia contou com a presença da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, além de representantes da Unidade Local de Saúde da Arrábida, autarcas e outras entidades envolvidas.
Nova Unidade de Saúde de Quinta do Anjo era aguardada há 25 anos
Após décadas de reivindicações por parte da população e do Município de Palmela, o projeto da nova infraestrutura de saúde finalmente avança. A empreitada, orçada em 2.177.769,84€ — acrescidos de 26.937€ para o projeto técnico — será executada pela empresa Miguel A. Simões no prazo estimado de 335 dias. A construção será erguida num terreno de 2.885 m² cedido pela Câmara Municipal.
O edifício de tipologia 4 será preparado para atender aproximadamente 14.000 habitantes, com uma estrutura moderna e eficiente. Segundo a apresentação da Diretora do Departamento de Obras, Logística e Manutenção da autarquia, Teresa Palaio, o projeto inclui um pátio interior para melhor iluminação natural e conforto térmico, além de diversas áreas funcionais: zona clínica com 13 gabinetes médicos, enfermaria, salas de tratamento e isolamento; zona de apoio com balneários, arquivo e gestão de resíduos; área de acolhimento para utentes e espaço de amamentação; e ainda uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados.
A resposta a uma urgência local
Na ocasião, o Presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, destacou a importância histórica do SNS e sublinhou a urgência de reforçar os cuidados de saúde primários. “Palmela continua a acreditar no Serviço Nacional de Saúde, a lutar por um sistema mais robusto e próximo das comunidades”, afirmou.
Amaro lembrou que, dos mais de 10 mil utentes da atual unidade de saúde de Quinta do Anjo, apenas cerca de 1.700 têm médico de família — um cenário que reforça a necessidade desta nova infraestrutura. O projeto, agora viabilizado através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nasce de um protocolo assinado em 2021 com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
A nova Unidade de Saúde representa não só um investimento em infraestrutura, mas também um passo decisivo na garantia de acesso digno e eficiente aos cuidados primários para uma comunidade que há 25 anos aguarda por esta resposta.