Na madrugada de sexta-feira para sábado, atos de vandalismo voltaram a ocorrer no distrito de Setúbal, com três viaturas incendiadas na Baixa da cidade, na Rua Velha da Alfândega, e contentores de lixo queimados no Barreiro, Moita e Montijo. Segundo a Proteção Civil, o alerta para o incêndio das viaturas foi recebido às 03:59, enquanto que o Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Península de Setúbal informou que, desde a madrugada de quinta-feira, se têm registado sucessivos incidentes, seguindo um padrão de violência e vandalismo que tem ocorrido na área metropolitana de Lisboa, após a morte de Odair Moniz no Bairro da Cova da Moura.
Em resposta a estes incidentes, o deputado e vereador Fernando José, do Partido Socialista (PS), expressou a sua posição, condenando os atos de vandalismo e louvando a rápida intervenção da PSP e dos bombeiros. “Os vereadores eleitos pelo Partido Socialista na Câmara Municipal de Setúbal condenam e repudiam todos os atos de vandalismo e reconhecem a pronta intervenção da PSP e dos Bombeiros”, afirmou o vereador, destacando a importância de reforçar a segurança no concelho.
O deputado do PS sublinhou ainda que estes incidentes “são atos isolados que certamente estarão relacionados com a onda de violência que se tem verificado na Grande Lisboa e que não têm qualquer justificação.” Para o vereador, a solução passa por aumentar os recursos das forças de segurança e dar início ao processo de videovigilância no concelho. Este é um projeto que o Partido Socialista defende há muito, mas que, segundo Fernando José, tem sido adiado pela gestão da Câmara Municipal de Setúbal.
O vereador responsabilizou ainda a liderança comunista da Câmara, desde Dores Meira até André Martins, por “pintar os problemas em vez de concretizar soluções”. Para Fernando José, é urgente que medidas como a videovigilância avancem, não só para garantir a segurança dos cidadãos, mas também para dissuadir novos atos de vandalismo.
A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal está atualmente a investigar as causas dos incêndios, enquanto a PSP, em comunicado, reiterou que não tolerará desordem e destruição e que se coordenará com outras forças para levar à justiça todos os responsáveis pelos crimes.