Encerramento de 10 dias nas urgências de obstetrícia reacende exigência por hospital no Seixal

O fecho temporário do serviço de urgência de ginecologia, obstetrícia e bloco de partos do Hospital Garcia de Orta, em Almada, entre as 13h45 de 4 de Junho e as 8h30 de 14 de Junho, voltou a gerar fortes críticas por parte do presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva. O autarca considera inaceitável que episódios como este se repitam, colocando em risco a saúde de milhares de pessoas nos concelhos de Seixal, Almada e zonas limítrofes.

População desprotegida e serviços do sobrecarregados

Paulo Silva não esconde a sua preocupação perante mais uma interrupção num serviço essencial para a região. O autarca recorda que, recentemente, já se tinham verificado cinco dias consecutivos de encerramento destas urgências, o que levou, inclusive, à realização de um parto dentro de uma ambulância, por ausência de alternativas viáveis.

Segundo Paulo Silva, esta situação é reflexo de uma grave falha na gestão e valorização dos recursos humanos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). «É fundamental criar condições para fixar médicos e enfermeiros no SNS. Os profissionais estão exaustos e desmotivados. E enquanto não se tomarem medidas estruturais, estes encerramentos vão continuar a acontecer», alerta o presidente da Câmara.

Hospital do Seixal continua à espera há mais de duas décadas

A solução apontada por Paulo Silva e por várias entidades locais passa pela construção urgente do Hospital no Seixal — uma reivindicação que se arrasta desde 2001. Ao longo destes 23 anos, utentes, comissões de saúde, autarquias e a Plataforma Juntos pelo Hospital têm promovido protestos, petições e ações públicas com o objectivo de pressionar sucessivos governos a avançar com a obra.

Apesar do reconhecimento generalizado da necessidade deste equipamento, a construção continua por iniciar. “É inadmissível que, ao fim de mais de duas décadas, os nossos munícipes continuem sem acesso a cuidados hospitalares adequados e fiquem dependentes de um hospital sobrecarregado como o Garcia de Orta”, sublinha Paulo Silva.

A nova paralisação nos serviços de urgência reforça a urgência de um investimento concreto e célere na saúde pública local. A comunidade exige respostas, e o tempo de espera — tal como o número de dias sem atendimento — só parece aumentar.

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